Sábado, 01 de Maio de 2010


Querido diário:

Hoje conheci um rapaz, eu creio que ele não me viu e sinceramente espero bem que não porque fiquei petrificada a admirar a sua beleza.

Eram apenas 6 da manhã e ouvi a minha avó falar e fui ver, estavam na salinha de ler livros e espreitei pelo bocadinho de porta que estava aberta. Era um rapaz jovem, pouco mais velho que eu.
Tanto o seu cabelo como os olhos eram de um castanho ardente e apelativo, o seu tom de pele era branco. As suas vestes eram túnicas e tinha um arco e flechas às costas.
Via-lhe apenas uma orelha que segurava o cabelo e reparei que as suas orelhas tinham o mesmo defeito que as minhas, são pontiagudas. A sua maneira de falar era esquisita mas a minha avó parecia percebe-lo e respondia-lhe na mesma língua.
A voz dele era firme, segura e meiga. Enquanto estava petrificada ouvi “Espero que faça o melhor Dona Constança, o nosso mundo precisa dela”. Apercebi-me que se preparava para sair e voltei depressa para o meu quarto. Ainda estou a pensar nele e do que estariam a falar.

A minha avó apenas me perguntou “Então Yáviël, com que sonhas-te hoje?”. Penso que apenas o perguntou para lhe explicar o que vi e dizer que foi um sonho, mas estava bem acordada e apenas lhe respondi “Não sonhei com nada avó, ando sem sonhos” e ela baixou a cabeça.
Estou ainda a reflectir no pequeno pedaço de conversa que apanhei na parte “…o nosso mundo precisa dela”.

Quem seria o ela? Quem era ele? Que língua era aquela?
Espero descobrir isso amanha ou num futuro próximo.